Maria Helena Santana encerra no dia 14 sua gestão à frente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Até o momento, o nome do sucessor ainda é desconhecido e sequer está claro quem são de fato os candidatos. No total, foram seis anos na autarquia. Antes de assumir a presidência, Maria Helena passou um ano como diretora, após sair da então Bovespa.
Quando assumiu a vaga deixada por Marcelo Trindade, o Brasil vivia o auge das aberturas de capital. O ano de 2007 foi recorde em atividade nas ofertas de ações, com mais de R$ 70 bilhões movimentados. O momento mais difícil, segundo ela, foi a crise internacional de 2008, com os derivativos de risco que praticamente quebraram Sadia e Aracruz. Houve pânico no mercado e nem bancos tradicionais escaparam dos rumores. "Não tínhamos claro o tipo de problema daqueles derivativos tóxicos, em quantas empresas estavam e qual era a magnitude do que ainda estava por vir. Foi muito tenso."
Mais de 130 novas companhias depois, desde a revitalização do mercado, Maria Helena está preocupada agora em melhorar o acesso das pequenas e médias companhias às ferramentas de mercado, ações ou dívidas. "A gente já viu o benefício que trouxe desamarrar o mercado de IPOs [ofertas públicas iniciais] para as grandes, a partir de 2004. E só podemos imaginar o que seria multiplicar esse benefício para um universo muito maior."
Entretanto, ao fazer o balanço de sua gestão, prefere não falar sobre o que a CVM fará, já que está deixando a autarquia e não quer pautar seu sucessor e os diretores que ficam na casa.
Matéria publicada pelo Valor Econômico em 04/07/12. Para ler a íntegra, acesse o site do jornal:
http://www.valor.com.br/financas/2737236/cvm-agora-se-antecipa-aos-problemas
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