Com respaldo das recentes discussões internacionais sobre o tema, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) oficializou a manutenção do rodízio compulsório de auditores independentes no Brasil.
Sem abrir mão do modelo de rotação, o órgão regulador divulgou ontem a edição da norma que amplia de cinco para dez anos o prazo de troca das firmas de contabilidade. Isso só será possível, no entanto, em empresas que instalarem um comitê estatutário de auditoria - espécie de órgão fiscalizador dos auditores internos e externos.
Alexsandro Broedel, diretor da CVM, revelou que vários questionamentos sobre a necessidade e os supostos benefícios do sistema - como melhoria da qualidade e da independência das demonstrações contábeis - foram feitas à autarquia durante a audiência pública sobre o assunto. A CVM, por sua vez, nem chegou a divulgá-los. "A pauta da audiência não era a relevância do rodízio, mas os comitês de auditoria", disse.
Para Broedel, o que era antes considerado "jabuticaba" na regulação brasileira está sendo motivo de inspiração para órgãos internacionais. É o caso do Conselho de Supervisão de Contabilidade de Companhias Abertas (PCAOB, na sigla em inglês) - que regula as auditorias nos EUA - e da Comunidade Europeia (CE). Ambos colocaram em discussão a adoção do rodízio recentemente. "A pauta não teria sido aberta se essa possibilidade não estivesse sendo seriamente cogitada", disse Broedel.
Notícia publicada em 17/11/11 pelo Valor Econômico. Para lê-la na íntegra, acesse o site do jornal:
http://www.valor.com.br/impresso/cvm/cvm-amplia-prazo-de-rodizio-mas-pede-comite-de-auditoria
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